Catálogo da exposição “Stockinger 100 anos” está à venda na loja do MARGS

Publicação é fartamente ilustrada por imagens que registram a mostra no espaço expositivo, além das obras do acervo do museu
que a integraram, trazendo também os textos relacionados, em uma edição bilíngüe

 

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) vem a público anunciar que o catálogo da exposição “Stockinger 100 anos” pode ser adquirido na loja do museu, que funciona de terça a domingo, das 10h às 19h.

Depois do lançamento em preço promocional, realizado no último sábado, 30.11, durante a feira de artes A Prensa, a publicação agora pode ser adquirida ao valor de R$ 50.

Com 128 páginas e formato 23,5cm por 17,5cm, o catálogo dedicado à exposição “Stockinger 100 anos” é fartamente ilustrado por imagens que registram a mostra no espaço expositivo, além das obras do acervo do museu que a integraram, trazendo também os textos relacionados, em uma edição bilíngüe.

Exibida pelo museu entre agosto a novembro de 2019, a ampla e extensa mostra em homenagem ao centenário de nascimento de Francisco Stockinger (1919-2009) teve lugar nas Pinacotecas, o espaço expositivo mais nobre do museu, reunindo mais de 100 obras do artista, procedentes do acervo do MARGS e de coleções públicas e privadas.

Inaugurada em 07.08.2019, exatamente no dia de nascimento de Stockinger, a exposição apresentou as diferentes fases do artista que, com seus “Guerreiros”, “Gabirus”, esculturas em pedra e figuras femininas, é reconhecido como um dos mais importantes representantes da escultura no Brasil, também aclamado ainda em vida como um dos mais consolidados referenciais da arte produzida no Rio Grande do Sul. Além do centenário de nascimento, o ano de 2019 também registra uma década de sua despedida.

A curadoria de “Stockinger 100 anos” é de Francisco Dalcol, diretor-curador do MARGS, e Fernanda Medeiros, curadora-assistente.

O MARGS e a AAMARGS agradecem ao público que tem prestigiado este que é o maior projeto do museu neste ano. E também a todas as instituições e colecionadores que participam desta exposição emprestando obras, assim como a todos que de diferentes formas colaboraram e somaram esforços para a realização desta homenagem a Stockinger. É graças a esses apoios e parcerias que este projeto com realização própria do museu se torna possível.

 

Texto de apresentação do catálogo

 

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) é uma instituição museológica voltada à história da arte e à memória artística, assim como às manifestações, linguagens, investigações e produção em artes visuais. Sua principal finalidade é colecionar, catalogar, documentar, guardar, conservar, restaurar e exibir os seus acervos artístico e documental, a fim de desenvolver exposições e atividades que proporcionem aos públicos experiências enriquecedoras, transformadoras e acolhedoras.

Na atual gestão do MARGS, temos investido em uma política curatorial e educacional que esteja a par de discussões e problemáticas prementes a serem enfrentadas de maneira (auto)crítica pelas instituições museológicas e artísticas, sobretudo por aquelas que se orientam pela busca de relevância e atualidade.

Nesse empenho, assumimos como compromisso fundamental a defesa de premissas democráticas e de valores cidadãos, como inclusão, diversidade, pluralidade e representatividade, por meio de ações e estratégias envolvendo o programa artístico, as políticas de exibição e aquisição, a ação educativa e a gestão museológica.

Sendo o museu uma instância voltada à pesquisa, ao estudo e à produção de conhecimento e experiências avançadas e aprofundadas em arte, ao assumirmos a Direção do MARGS em 2019 implementamos uma missão institucional que confere protagonismo a projetos curatoriais e expositivos de execução própria pelo museu, os quais são propostos, concebidos e desenvolvidos pelo diretor-curador e suas equipes, profissionais envolvidos e instituições parceiras; entre mostras individuais e coletivas, com obras tanto de seus acervos artístico e documental como de outras coleções e procedências.

É dessa orientação que resultam projetos como “Stockinger 100 anos”, a ampla e extensa exposição que o MARGS apresenta em 2019, em homenagem ao centenário de nascimento do grande artista Francisco (Xico) Stockinger, trazendo a público mais de 100 obras, sendo 50 delas pertencentes ao acervo da instituição.

Este catálogo dedicado à mostra marca agora um importante momento e conquista para o primeiro ano da atual gestão: o início de um programa editorial de publicações relacionadas aos projetos curatoriais e expositivos com proposição e realização próprias pelo MARGS. A intenção é documentar e difundir a produção de conhecimento gerada a partir da programação artística, da ação educativa e do programa público do museu, privilegiando a circunstância de apresentação e de encontro com as obras e os trabalhos de arte.

Nesse sentido, o catálogo traz não apenas os textos e as obras da exposição, como a fortuna visual composta pelos registros fotográficos que documentam as configurações do espaço expositivo, os quais são indicativos das opções curatoriais e da experiência advinda dos agrupamentos e das relações estabelecidas entre as obras.

A organização do catálogo se orienta pelos núcleos temáticos com que a exposição se estruturou. Quanto às obras e documentos mobilizados na mostra, seguimos um dos objetivos do programa editorial, que é o de destacar os itens dos acervos do MARGS, com a intenção de conferir maior visibilidade e legibilidade a partir de sua veiculação por meio dos catálogos.

Interesse privilegiado da chamada História das Exposições, um campo de conhecimento relativamente recente que se volta à circunstância pública de apresentação da arte, as publicações relacionadas às exposições são fundamentais para o registro, a documentação e a perpetuação da memória dos eventos artísticos, participando da construção dos discursos e das narrativas artísticas, assim como dos campos da teoria, da crítica e da história da arte.

Francisco Dalcol

Diretor-curador do MARGS

 

 

 

STOCKINGER 100 ANOS

Sobre o artista

Nascido em Traun, na Áustria, em 1919, Francisco Alexandre Stockinger criou-se em São Paulo e iniciou-se na escultura no Rio de Janeiro, com Bruno Giorgi. Conviveu com personagens fundamentais na fixação da arte moderna no Brasil: Di Cavalcanti, Milton Dacosta, Maria Leontina e Iberê Camargo. Transferiu-se para Porto Alegre nos anos 1950, onde seria um dos fundadores do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre e, duas vezes, diretor do MARGS.

Depois de ter construído obra importante em xilogravura, ganhou projeção nacional com seus guerreiros em ferro e madeira, que costumam ser associados com a resistência à ditadura militar. Xico foi antes aviador, meteorologista e diagramador. Também colecionou cactos (é responsável pela identificação de pelo menos duas novas espécies).

Nas palavras do diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol, a exposição em homenagem a Stockinger é como que um dever do MARGS:

“Por ser Stockinger um dos mais consolidados referenciais da arte produzida no Rio Grande do Sul, e também porque sua arte extrapolou as fronteiras. Além disso, teve um papel institucional decisivo no sistema da arte no Estado, o que faz dele um personagem fundamental na nossa cultura”.

No texto curatorial da exposição, o diretor-curador escreve que, com esta exposição que celebra o centenário de nascimento de Stockinger, o MARGS afirma o compromisso com a nossa história artística:

“E em seu dever de prestar esta importante homenagem, cuja solenidade se torna necessária para que a relevância de um grande artista seja recolocada e não se apague da memória coletiva. Ao assinalar e afirmar a importância de Stockinger, o esforço é tomar o seu centenário de nascimento, e os 10 anos de sua despedida, como um momento oportuno para se difundir o seu legado. O intento é proporcionar um reencontro e um renovado interesse com uma produção tão conhecida e aclamada, mas sobretudo oferecer uma experiência intensa e enriquecedora para um público mais amplo e não totalmente familiarizado com a importância de sua obra e vida, notadamente as novas gerações”.

 

Sobre a exposição

“Stockinger 100 anos” reúne mais de 100 obras, entre esculturas, gravuras, documentos e outros itens. Na concepção curatorial, optou-se por uma exposição que não segue uma ordem cronológica estrita, preferindo estabelecer aproximações e possíveis relações entre diferentes fases e vertentes da extensa obra de Stockinger, produzida ao longo de seis décadas. Dessa estratégia de organização, resulta uma mostra estruturada em torno de núcleos temáticos, formais e conceituais. No texto curatorial, Francisco Dalcol escreve:

“Reconhecendo se tratar de um artista já legitimado e amplamente abordado, a exposição se assume mais panorâmica do que retrospectiva, tendo sido organizada segundo estratégias que procuram oferecer compreensão e legibilidade frente a uma produção tão extensa quanto diversa em suas etapas. Reforçam a opção por esse viés os diversos textos de mediação apresentados no espaço expositivo, com os quais se procura situar e contextualizar a obra e a trajetória do artista”.

Na galeria central das Pinacotecas, estará reunido um grande conjunto da estirpe dos “Guerreiros”, na qual se incluem figuras como profetas, sentinelas, touros, cavalos e personagens femininas. O diretor-curador escreve:

“Nos começo dos anos 1960, depois de um período dedicado às artes gráficas (desenho de imprensa e gravura), Stockinger retomou a prática e pesquisa em escultura. Começou a fundir em bronze no quintal da casa, de modo caseiro e mesmo rudimentar. Nesse processo artesanal e experimental, desenvolveu formas e texturas que o levariam a elaborar a estirpe em torno da figura mítica do guerreiro. Seguindo em suas experimentações, passou a trabalhar os “Guerreiros” com troncos de árvore e peças metálicas soldadas, desenvolvendo aí um inventivo processo construtivo — colagem e sobreposição, e não mais modelagem ou entalhe —, que configura a sua mais particular e notável contribuição para o campo da escultura”.

Já nas duas galerias laterais, estão contempladas as demais vertentes de sua produção. Em uma delas, estão reunidas dezenas de gravuras realizadas entre os anos 1950 e 1960, juntamente a uma seleção de itens que destaca a sua atuação na imprensa, em especial a gaúcha, onde trabalhou com diagramação, ilustração, caricatura e charge. Sobre a produção em gravura, Francisco Dalcol descreve:

“Ainda no final da década de 1950, Stockinger passou a praticar gravura. Dessa experiência, ficou notabilizado por uma importante produção em xilo (gravura impressa a partir de matriz de madeira), manifestando já aí forte pendor tanto à consciência social como às vertentes expressionistas. Contudo, a produção em gravura de Stockinger não se valeu das intensidades da expressão para uma dramatização documental da vida. Por outra via, abordou o drama social coletivo pela chave do conflito existencial, a partir de personagens excluídos e marginalizados da sociedade, tanto urbana como rural, a exemplo de pobres, boêmios, prostitutas e abigeatários”.

Nesta mesma galeria, outra seção destaca o seu trabalho de escultura em pedra, sobretudo o mármore. Segundo Dalcol:

“São esculturas serenas e silenciosas, que enfatizam o apelo à contemplação. Convidam ao deleite da beleza lírica e poética, mobilizando uma sensibilidade própria à forma e à matéria, e também ao que pode haver de prazer e sensual no resgate desses sentidos. Esculpindo em pedra, Stockinger não mais acrescenta nem molda, apenas subtrai o excesso. Há volume e cor, mas também ausência. A narrativa e o comentário da realidade social dão lugar à opção pelo silêncio, da arte como objeto em si. Aqui, o artista deixou-se guiar pela operação de reconhecer na forma bruta da matéria a sua vocação, encontrando assim a via de uma abstração informal”.

Por fim, na terceira galeria, estão reunidas peças diversas, como os seus conhecidos “Gabirus”, que retratam a miséria do povo do nordeste, e também suas “Magrinhas”, figuras femininas que se destacam pelo aspecto longilíneo. O diretor-curador comenta:

“Nos anos 1990, Stockinger recobrou as cargas de um comentário social mais explícito em sua produção artística. Sensibilizado pelas notícias da fome e miséria que teimavam a chegar do nordeste brasileiro, concebeu as figuras dos “Gabirus”, os seus seres nanicos, expressivos do drama humano que persiste a recair sobre as populações menos favorecidas. Como modo de denúncia, Stockinger procurava intencionalmente chocar com suas impactantes peças fundidas em bronze, que também já apontavam, uma vez mais, para a aproximação com algo do grotesco presente em sua produção”.

Nesta última sala, também estão reunidas diversas esculturas que explicitam o aspecto ancestral e primitivo da produção de Stockinger, a exemplo de grandes mestres da arte moderna. O diretor-curador salienta:

“Nessas esculturas, evidencia-se que a produção de Stockinger sempre apontou para o lastro da tradição artística ocidental. Mais precisamente, para a revalorização da escultura primitiva sugerida por grandes mestres europeus, filtrada por um viés humanista e por uma figuração livre. Entre essas referências figuram como incontornáveis escultores a exemplo de Alberto Giacometti, Aristide Maillol, Auguste Rodin, Constantin Brancusi, Henry Moore, Jean Arp e Marino Marini. Ao se valer a seu modo desse aspecto primitivo, arcaico e ancestral encontrado nos artistas modernos, tornado emblema de sua fidelidade e coerência artísticas, Stockinger alcançou uma obra que continua a significar por sua dimensão tão humanista quanto universal”.

A exposição “Stockinger 100 anos” ficou em cartaz até dia 24 de novembro de 2019. O MARGS funciona de terças a domingos, das 10h às 19h, sempre com entrada gratuita. Visitas mediadas podem ser agendadas pelo e-mail educativo@margs.rs.gov.br.

 

Texto curatorial

Aclamado como um dos mais consolidados referenciais da arte do Rio Grande do Sul, Francisco Stockinger (1919-2009) é também reconhecido como um dos mais importantes representantes da escultura no Brasil. Hábil desenhista e artesão, esculpiu em gesso, madeira, metal e pedra, trabalhando também com desenvoltura em gravura, desenho, ilustração, charge e caricatura.

Nos anos 1950, trilhando o caminho inverso ao tradicional — do centro para a província —, mudou-se do Rio de Janeiro para Porto Alegre, cidade onde passaria a vida, tornando-se uma personalidade fundamental do cenário cultural com sua forte e atuante presença. Além de artista, teve um papel decisivo como agente do sistema da arte no Estado, participando de sua constituição ao se engajar em causas coletivas à frente de instituições culturais como o MARGS, o Atelier Livre e a Associação Chico Lisboa.

Ao lado de Iberê Camargo e Vasco Prado, Stockinger formou o tripé de maior projeção da arte moderna gaúcha, compondo uma espécie de santíssima trindade das artes visuais do Estado. Comungavam de certa visão na abordagem artística moderna, especialmente no tratamento dado à condição humana, seja em sua dimensão social ou existencial.

Com séries escultóricas como a dos seus afamados “Guerreiros”, iniciada nos anos 1960, Stockinger foi figura decisiva na fixação de valores modernos na cultura artística do Rio Grande do Sul, consolidando uma vertente de matriz expressionista. Também estabeleceu um fecundo diálogo entre a tradição da arte ocidental e os temas regionais, emprestando à sua obra um sentido coletivo e ao mesmo tempo universal.

Com esta exposição que celebra o centenário de nascimento de Stockinger, o MARGS afirma o compromisso com a nossa história artística, em seu dever de prestar esta importante homenagem, cuja solenidade se torna necessária para que a relevância de um grande artista seja recolocada e não se apague da memória coletiva.

Ao apresentar a quase totalidade das obras de Stockinger pertencentes ao acervo do MARGS, onde está suficientemente bem representado, esta exposição ainda reúne um significativo número de peças de acervos públicos e coleções particulares, que gentilmente aceitaram o convite de tomar parte na comemoração, apoiando este projeto com realização própria do museu.

Resulta disso uma exposição ampla, que traz a público obras bastante relevantes, mas não isenta de alguma lacuna pontual. Seja como for, o conjunto aqui apresentado é altamente expressivo e representativo da produção do artista. Stockinger obteve consagração ainda em vida, tendo sido frequentemente reconhecido ao longo de sua trajetória, como atesta a extensa fortuna crítica, teórica e histórica encontrada nos inúmeros textos, catálogos, livros e exposições a ele dedicados.

Reconhecendo se tratar de um artista já legitimado e amplamente abordado, esta exposição se assume mais panorâmica do que retrospectiva, tendo sido organizada segundo estratégias que procuram oferecer compreensão e legibilidade frente a uma produção tão extensa quanto diversa em suas etapas. Reforçam a opção por esse viés os diversos textos de mediação apresentados no espaço expositivo, com os quais se procura situar e contextualizar a obra e a trajetória do artista.

Ao assinalar e afirmar a importância de Stockinger, o esforço é tomar o seu centenário de nascimento, e os 10 anos de sua despedida, como um momento oportuno para se difundir o seu legado. O intento é proporcionar um reencontro e um renovado interesse com uma produção tão conhecida e aclamada, mas sobretudo oferecer uma experiência intensa e enriquecedora para um público mais amplo e não totalmente familiarizado com a importância de sua obra e vida, notadamente as novas gerações.

Francisco Dalcol
Diretor-curador do MARGS
Doutor em Teoria, Crítica e História da Arte

 

 

Programa público

A exposição “Stockinger 100 anos” contou também com um programa público de atividades, envolvendo a ação educativa do MARGS e a programação da Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (AAMARGS).

No dia 31.08.2019, o Núcleo Educativo do MARGS realizou o evento “Stockinger: um olhar psicanalítico sobre a condição humana”, uma parceria com o Instituto de Ensino e Pesquisa em Psicoterapia (IEPP). A programação se iniciou com uma visita mediada à exposição, tendo a participação da coordenadora do Núcleo Educativo, Carla Batista, e do diretor-curador do MARGS, Francisco Dalcol, também curador da exposição. Na sequência, o público foi convidado para uma conversa no auditório do museu, com a participação das psicanalistas Ellen Bornholdt Epifanio e Heloísa Cunha Tonetto, mediada por Márcia Gonçalves Munhoz (IEPP) e Carla Batista (MARGS).

No dia 19.10.2019, a artista Karina Nery ministrou a “Oficina de dobraduras: pensando o 2D e o 3D”. Em diálogo com a exposição, trabalhou-se com as crianças o raciocínio da escultura, desde seu projeto-desenho até o objeto.

E no dia 22.10.2019, a AAMARGS realizou no auditório do museu uma sessão pública e comentada do filme “Xico Stockinger” (2012), do cineasta Frederico Mendina. A exibição, que integrou a programação do projeto “Conversas no museu”, foi seguida de debate com o diretor do filme, mediado por Francisco Dalcol.

 

 

SERVIÇO

Catálogo da exposição “Stockinger 100 Anos”

Editores: Francisco Dalcol e Fernanda Medeiros (curadores da exposição)

Textos: Francisco Dalcol

Páginas: 128

Formato: 23,5cm x 17,5cm

Onde encontrar: na loja do MARGS (terça a domingo, das 10h às 19h)

Valor: R$ 30

 

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