O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli apresenta ao público a mostra Traço Solto: trânsitos da arte naïf no acervo do MARGS, explorando a visão da arte em seus diferentes sentidos e liberdades de interpretações, sem preocupação acadêmica. A exposição, com curadoria de Carolina Bouvie Grippa, pode ser visitada de 17 de maio a 2 de julho de 2017, das 10 às 19h, com entrada franca.
Partindo do significado de arte naïf, termo dado a obras realizadas por artistas que não possuem um conhecimento acadêmico de arte, a presente exposição surge para discutir os trânsitos existentes do que se apresenta como naïf e obras modernas e contemporâneas que, de alguma maneira, evocam esse universo; já que muitos artistas que tiveram educação artística formal se valem de características ditas naïfs (ausência de perspectiva e de composição, cores vibrantes, temas do cotidiano e simplificação das imagens) para a construção de suas obras.
Assim, foram selecionadas obras de 21 artistas do acervo do MARGS para compor um diálogo entre artistas reconhecidos como naïf e outros que tiveram educação artística formal. As técnicas das obras são variadas, compostas por gravuras, óleos e esculturas.
O MARGS funciona de terças a domingos, das 10h às 19h, sempre com entrada gratuita. Visitas mediadas podem ser agendadas com o Núcleo Educativo, através do e-mail educativo@margs.rs.gov.br.
Arte naïf
O termo arte naïf (arte ingênua) foi usado pela primeira vez como um elogio à obra de Henri Rousseau (1844 – 1910), artista autodidata, que tinha o pintar como um passatempo. Seus trabalhos chamaram a atenção de artistas modernos, como Pablo Picasso (1881 – 1973), Paul Gauguin (1848 – 1903) e Robert Delaunay (1885 – 1941), entre outros, devido à liberdade da composição, à ingenuidade do traço e aos temas cotidianos, pintados sem nenhum compromisso com a rigorosa técnica acadêmica, dando frescor e peculiaridade às suas telas. Essa maneira de pintar atraiu os modernistas pelo distanciamento de técnicas usuais de representação (composição, profundidade, cores), sendo um “estilo” a ser admirado e incorporado por diversos artistas do inicio do século XX, que já buscavam novas linguagens, observando os desenhos infantis e a arte tida como “primitiva”.
A presente exposição surge para discutir os trânsitos existentes do que se apresenta como naïf e obras modernas e contemporâneas que, de alguma maneira, evocam esse universo, já que muitos artistas que tiveram educação artística formal se valem de características ditas naïfs (ausência de perspectiva e de composição, cores vibrantes, temas do cotidiano e simplificação das imagens) para a construção de suas obras. Dessa maneira, obras de Heitor dos Prazeres (1898 – 1966), João Altair Barros (1934) – nomes conhecidos da pintura naïf brasileira – estão ao lado de obras de Tarsila do Amaral (1886 – 1973), Cícero Dias (1907 – 2003) e Maria Di Gesu (1928), demonstrando o quanto trabalhos dos ditos “artistas naïfs” influenciaram obras de artistas com estudos acadêmicos, do inicio do século XX até os dias atuais.
Carolina Bouvie Grippa é Bacharel em Moda pela Universidade Feevale e estudante de Bacharelado de História da Arte na UFRGS.
Artistas:
Adelaine Tomaselli (Innsbruck /Áustria, 1915)
Alfredo Nicolaiewsky (Porto Alegre/RS, 1952)
Anestor Tavares (Camaquã/RS, 1919 – Porto Alegre/RS, 2000)
Anico Herskovits (Montevidéu/Uruguai, 1948)
Cícero Dias (Escada/PE, 1907 – Paris/França, 2003)
Dimitri Anagnostopoulos (Patras/Grécia, 1930 – Porto Alegre/RS 1991)
Fernando Lindote (Santana do Livramento/RS, 1960)
Guma (Tapes/RS, 1924 – Porto Alegre/RS, 2008)
Heitor dos Prazeres (Rio de Janeiro/RJ, 1898 – 1966)
Ingeborg Friedrich (Karlsruhe/Alemanha, 1923)
Ivo da Silva (Quaraí/RS, 1909)
João Altair Barros (Porto Alegre/RS, 1934 – Porto Alegre/RS, 2013)
Luiza Fontoura (Porto Alegre/RS, 1931)
Maria Di Gesu (MoranoCalabro/Itália, 1928)
Miriam Tolpolar (Porto Alegre/RS, 1960)
Olegário Triunfo(Triunfo/RS, 1934 – Porto Alegre/RS, 2001)
Otaciano Arantes (Morrinhos/GO, 1931)
Paulina Eizirik (Varsóvia/Polônia, 1921 – Porto Alegre/RS, 2013)
Tarsila do Amaral (Capivari/SP, 1886 – São Paulo/SP, 1973)
Wilbur Olmedo (Cachoeira do Sul/RS, 1920 – Porto Alegre/RS, 1998)
Zica Bergami (Ibitinga/SP, 1913 – São Paulo/RS, 2011)
Patrocínio
Banrisul
BRDE
Apoio
Café do MARGS
Arteplantas
Celulose Riograndense
Escola Caracol
AAMARGS
Realização
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli
SERVIÇO
Traço Solto: trânsitos da arte naïf no acervo do MARGS
Curadoria: Carolina Bouvie Grippa
Local: Galerias: Iberê Camargo e Oscar Boeira
Visitação: 17 de maio a 2 de julho de 2017
Entrada Franca
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli
Localização: Praça da Alfândega, s./n.
Centro Histórico, Porto Alegre, RS
Telefone: 32272311
Entrada Franca
Site: www.margs.rs.gov.br