O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli tem a honra de convidar para a abertura da exposição “Caminhos de Rossini Perez”, em parceria com o Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC. A mostra, com curadoria de Claudia Regina Alves da Rocha, inaugura dia 31 de outubro, às 19h, nas galerias João Fahrion, Pedro Weingartner e Ângelo Guido do MARGS.
Na data de abertura ocorre também um bate-papo com a curadora e chefe da Divisão Técnica do Museu Nacional de Belas Artes, Cláudia Rocha, sobre a exposição. O evento, organizado pela Associação dos Amigos do Museu de Artes do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (AAMARGS), tem início às 16h e acontece no auditório do museu, com entrada franca.
A exposição pode ser visitada até 28 de janeiro, de terças a domingos, das 10h às 19h, com entrada gratuita. Visitas mediadas podem ser agendadas pelo e-mail educativo@margs.rs.gov.br.
APRESENTAÇÃO
A coleção de obras de arte do artista Rossini Perez no Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC é composto de mais de 200 trabalhos, entre gravuras, pinturas e desenhos. Aqui trazemos um recorte de obras de arte da coleção do MNBA e do artista que apresenta sua trajetória entre os anos de 1950 e 1970.
Rossini Perez iniciou-se artisticamente no Rio de Janeiro entre os anos de 1945 e 1949, quando foi aluno de Luiz Almeida Junior que orientava um curso de pintura ao ar livre denominado Grupo Colméia. O artista aprendeu a misturar as tintas e, sobretudo, a realizar pinturas de paisagens da cidade.
A partir de 1951, passou a frequentar a Associação Brasileira de Desenho e a ser aluno de Ado Malagoli iniciando efetivamente a sua trajetória artística. A década de 1950 foi um período marcado pelo avanço de processos de industrialização e desenvolvimento econômico brasileiro. O lema da campanha “50 anos em 5”, do Presidente da República Juscelino Kubitschek, estava embuído de um grande otimismo que caracterizou o final da década como um momento significativo em termos de mudanças de costumes com acessos a bens produzidos a partir dos setores automobilístico, de plásticos, borracha e vidro. No campo das artes, os chamados Anos Dourados foram marcados pela Bienal de São Paulo, pelo Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), pela Companhia Cinematográfica Vera Cruz e pela Bossa Nova.
Nesta época, Rossini Perez visitou as primeiras Bienais de São Paulo e conheceu as gravuras de Eduard Munch que o fizeram escolher essa expressão como caminho. Frequentou os ateliês de Oswaldo Goeldi, Iberê Camargo e Fayga Ostrower. Em 1951 também participou da primeira Exposição de Arte Abstrata, realizada no Sesc Quitandinha em Petrópolis, e de diversas exposições nacionais e internacionais nesta época.
O cenário brasileiro tanto para a arte contemporânea quanto para a gravura ainda era inicial. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, não dispunha de uma galeria de arte. Mas foi nesta década que se iniciou um mercado de arte principalmente com a criação da Petite Gallerie na Copacabana de 1954.
Os materiais ainda não especializados permitiram ao artista criar suas gravuras iniciais dentro das temáticas “favela”, “morro”, “barcos” e “cais”. Usando tintas não específicas para gravura e matrizes de latão e de placas de linóleo, suas criações eram impressas também sobre papel não especial, o chamado papel Fabriano.
Em 1959 era assistente de Johnny Friedlaender no Atelier de gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, aonde permaneceu até 1961.
A década de 1960 trouxe mudanças significativas para sua arte pois tornou-se bolsista da Rijksakademie em Amsterdã aperfeiçoando-se na litografia. Com acesso a materiais especializados desenvolveu grande domínio das técnicas de gravura. Neste período suas obras tendiam para as composições abstratas e em meados dessa época surgiram as composições em relevo criadas em matrizes de cobre e zinco, iniciando também composições a partir de mais de uma matriz.
O uso de matrizes de cobre e zinco proporcionou uma nova interação com os materiais aonde o inesperado produzido pelas reações químicas produzia novos efeitos que se coadunavam com a expectativa do artista.
Morou dez anos em Paris e percorreu diversos países europeus incorporando suas influências em suas obras de arte. Na década de 1970 colaborou na implantação de oficina de gravura em metal na Ecole Nationale des Beaux-Arts de Dacar, Senegal. Suas gravuras são fortemente influenciadas por formas de elementos do cotidiano africanos como trouxas, cintas, novelos e sinuosidades. Elas tornam-se mais complexas ao criar imagens a partir de matrizes compostas por várias partes.
No final dos anos de 1970, voltou para o Brasil aonde lecionou em Brasília e, finalmente, no Atelier de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Claudia Regina Alves da Rocha – Curadora
SERVIÇO
Título:
Caminhos de Rossini Perez – Coleção Museu Nacional de Belas Artes
Curadoria: Claudia Regina Alves da Rocha
Abertura: 31 de outubro de 2017
Visitação: 28 de janeiro de 2018
Galerias: João Fahrion, Pedro Weingartner, Ângelo Guido do MARGS
Conversas no Museu sobre a exposição
Caminhos de Rossini Perez – Coleção Museu Nacional de Belas Artes, com Cláudia Rocha – curadora e chefe da Divisão Técnica do Museu Nacional de Belas Artes
Data: 31 de outubro
Horário: 16h
Local: Auditório do MARGS
Entrada Franca
70 lugares disponíveis, por ordem de chegada
Realização
IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus
Museu Nacional de Belas Artes
Ministério da Cultura
Governo Federal
Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer
Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli
Patrocínio
ABC da Saúde
Banrisul
BRDE
Apoio
Café do MARGS
Arteplantas
Celulose Riograndense
AAMARGS
Millenium Transportes e Logística
Associação de Amigos de Belas Artes
Museu Nacional de Belas Artes
Localização: Avenida Rio Branco, 199 – Centro (Cinelândia) Rio de Janeiro
RJ – CEP: 20040-008
Telefone: (21) 3299-0600
Site: http://mnba.gov.br/portal/
Museu de Arte do Rio Grande do Sul
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