Protagonizada por integrantes negras da equipe do museu, intervenção será realizada
nesta quarta-feira, a partir das 17h, na entrada principal da instituição
Nesta quarta-feira, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, integrantes dos Núcleos de Curadoria, Educativo e Administrativo do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) realizarão, às 17h, uma ação alusiva à data. Intitulada “Não queremos ser as únicas”, a ação consiste em uma intervenção artística e educativa, que terá lugar na entrada principal do MARGS, endereçada ao público passante e visitante.
A atividade será protagonizada pelas únicas três funcionárias negras do quadro técnico do museu — Natália Almeida (Núcleo Administrativo), Izis Abreu (Núcleo de Curadoria) e Pamela Zorn (Núcleo Educativo).
Desse modo, a intervenção por elas protagonizada sublinha o Dia da Consciência Negra como uma ação do MARGS, com o objetivo de chamar à atenção para questionamentos históricos e, por isto, não menos urgentes quanto a questões de poder, visibilidade e representatividade.
Nesse sentido, o público será convidado a pensar sobre os seguintes pontos:
> Quem está dentro e quem está fora do museu?
> Quem consegue cruzar a linha fronteiriça deste espaço de poder que, historicamente, determina os modos de ver, fazer e pensar o sensível, criando “repartições do visível e do invisível”?
“Não queremos ser as únicas” integra as ações que a atual gestão do museu tem procurado estimular e implementar por um viés (auto)crítico, como modo de refletir sobre os discursos e as práticas frente à urgente necessidade de enfrentar os passivos históricos e lidar com suas formas de reparação.
CONVITE E ARGUMENTO
“Não queremos ser as únicas”
Ao contrário do que se imagina, mais do que o resgate do orgulho da negritude, o Dia da Consciência Negra é um chamado a TODA A COMUNIDADE para uma tomada de consciência sobre a condição econômica e social a que homens e mulheres negrxs estão submetidxs em decorrência do processo histórico de racialização.
Pensando em ampliar o debate, as únicas três funcionárias negras do quadro técnico do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) — Natália Almeida (Núcleo Administrativo), Izis Abreu (Núcleo de Curadoria) e Pamela Zorn (Núcleo Educativo) — partem da própria realidade acerca da presença assimétrica entre profissionais negros e brancos no interior do museu, assim como da assimetria entre os artistas que integram o acervo artístico da instituição (apenas 2% são negros).
A partir dessas premissas, o trio protagoniza uma intervenção artística na entrada principal do MARGS, com o objetivo de problematizar e chamar atenção para a invisibilização de sujeitos racializados como negros no campo das artes no Rio Grande do Sul.
Trata-se de um convite para que o público se junte a elas que, propositadamente, escolheram ocupar o acesso principal ao MARGS com a presença de seus corpos negros, pontuando — visível, simbólica e politicamente — na linha fronteiriça que separa quem está dentro e quem está fora, quem pode ou quem não pode fazer parte, quem pertence e quem não se sente convidado a pertencer.
O convite ao público é, portanto, para que se reflita sobre como cruzar e romper com as linhas fronteiriças dos espaços de poder, que historicamente têm definido as separações que determinam os modos de ver, fazer e pensar o sensível, criando “repartições do visível e do invisível”.
Com proposição, realização e protagonismo por parte das três funcionárias negras que integram o quadro técnico do MARGS, a intervenção integra as ações que a atual gestão do museu tem procurado estimular e implementar por um viés (auto)crítico, como modo de refletir sobre os discursos e as práticas frente à urgente necessidade de enfrentar os passivos históricos e lidar com suas formas de reparação. Nesse empenho, assumimos como compromisso fundamental a defesa de premissas democráticas e de valores cidadãos, como inclusão, diversidade, pluralidade e representatividade, por meio de ações e estratégias envolvendo o programa artístico, as políticas de exibição e aquisição, a ação educativa e a gestão museológica, bem como o exame da estrutura e dos processos internos de funcionamento da instituição.
SERVIÇO
“Não queremos ser as únicas”
Intervenção artística e educativa alusiva ao Dia da Consciência Negra
Data: quarta-feira (20.11.2019), às 17h
Local: entrada do MARGS
Participantes: Izis Abreu (Núcleo de Curadoria); Pamela Zorn (Núcleo Educativo); Natália Almeida (Núcleo Administrativo)
Entrada gratuita
Contatos
Núcleo de Comunicação – comunicacao@margs.rs.gov.br – (51) 3286-3145 / Ramal 7192
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Visitação de terça a domingo, 10h às 19h, entrada gratuita
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